Publicado em 26 de dezembro de 2024
Com a aprovação da Reforma Tributária, 2025 marca o início de um período de transformações para empresários e contribuintes brasileiros. Essas mudanças, que visam simplificar o sistema tributário, trazem consigo a necessidade de adaptação por parte das empresas, que terão de reavaliar suas práticas para manter a competitividade e garantir conformidade fiscal.
A Reforma Tributária propõe substituir cinco tributos de consumo por dois novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) . A CBS, que substituirá o PIS, Cofins e IPI, visa simplificar a arrecadação federal, enquanto o IBS unifica o ICMS e o ISS em um tributo único de competência compartilhada entre estados e municípios. Esses novos tributos terão alíquotas definidas por legislação complementar e passarão por uma implementação gradual até 2033. Em 2025, empresas devem estar preparadas para os primeiros ajustes, que incluem a eliminação de algumas isenções sobre o ICMS e o ISS.
A escolha do regime tributário ideal se torna ainda mais crítica no novo cenário. Atualmente, existem três principais regimes:
Em 2025, os incentivos fiscais continuam como uma ferramenta fundamental para redução de tributos. Isenções para biocombustíveis e redução de impostos em produtos da cesta básica serão mantidos. Adicionalmente, a Zona Franca de Manaus seguirá beneficiada. Com o novo sistema de Imposto sobre Valor Agregado (IVA), espera-se uma cadeia produtiva mais eficiente, evitando a “tributação em cascata”. Empresas devem reavaliar os créditos tributários, aproveitando melhor os incentivos para minimizar custos.
Para otimizar a carga tributária, o planejamento de custos será essencial. Identificar despesas dedutíveis e otimizar a alocação de recursos em áreas estratégicas, como saúde, educação e inovação, pode gerar deduções significativas. Além disso, planejar o momento de incorrer em despesas pode ajudar no ajuste do lucro tributável.
A reforma introduz novas diretrizes para tributação sobre heranças e doações, com regras mais rigorosas para evitar a migração de domicílios fiscais vantajosos em processos de inventário. Também será implementado o IPVA sobre veículos de luxo, como jatinhos e iates, com alíquotas possivelmente progressivas baseadas no impacto ambiental.
O novo Imposto Seletivo, apelidado de “imposto do pecado”, incidirá sobre produtos como cigarros, bebidas alcoólicas e veículos poluentes. Essa medida visa desestimular o consumo de itens prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública, impondo custos adicionais às empresas desses setores.
Diante da complexidade do novo sistema, o uso de tecnologia se torna indispensável. Softwares de gestão fiscal e contábil ajudarão as empresas a garantir a conformidade e identificar oportunidades de otimização tributária. Ferramentas de Inteligência Artificial e análise de Big Data são recomendadas para um controle mais eficiente, além de automatizar processos de apuração e pagamento de impostos.
Ademais, contar com consultoria especializada será crucial para implementação de estratégias e adaptação às novas regras tributárias. Profissionais capacitados podem auxiliar no planejamento tributário, identificando oportunidades e garantindo que as empresas operem em conformidade com as exigências legais.
A Reforma Tributária de 2025 apresenta desafios e oportunidades para o setor empresarial no Brasil. Empresas que souberem se adaptar, escolhendo o regime tributário adequado e investindo em gestão fiscal eficiente, estarão em posição de vantagem. Com o apoio de consultorias especializadas e a adoção de novas tecnologias, será possível atravessar este período de transição e fortalecer a competitividade no mercado.
Fonte: Contábeis
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